Participante: até onde o ser humano tem a liberdade para interferir na vida do outro? Por causa desse aspecto, a vida humana sempre gerará um conflito inevitavelmente.

Não gerará inevitavelmente. A relação entre dois seres humanizados só gerará o que cada um deles deixar gerar. Se você for agredido, até fisicamente, e for preparado para a vida, ou seja, sabe que ser agredido faz parte e que o outro quando agride apenas está exercendo a sua personalidade, jamais se sentirá agredido, mesmo que tenha apanhado fisicamente.

Participante: quer dizer que se a minha personalidade for agredir o outro, dar tapa na cara dele, isso está perfeito?

A nível universal, sim.Para compreender o que quero dizer, me responda: até onde tem o direito de agir sobre o outro? Essa é a pergunta que quero que respondam. Vamos dizer que você e outra pessoa tenham uma desavença. Até onde tem o direito de reagir: gritar, brigar ou até agredir fisicamente? Até onde for a vida.Não existe nada errado. Tudo que acontece está programado para acontecer. Por isso, aconteça o que acontecer, é o que deveria ocorrer. Por isso, digo que o seu direito vai até a ação que fizer.Na verdade, ninguém pode ultrapassar o seu direito. Se chegar ao ponto de enfiar a mão na cara de alguém, como acabou de dizer, é porque esse era o seu direito. Esse direito é fruto da programação da encarnação sua e dele.Na verdade, ninguém nunca conseguirá extrapolar o que está previsto para acontecer. Como essa previsão é o que acontece, nem mais nem menos, isso quer dizer que o que fizer é o direito que tem de ação. Isso vale para você e para todos os outros.

Participante: então, isso é passível de acontecer …

Não, isso não é passível de acontecer: isso é o que acontece. A vida de vocês é uma encenação de provações que foram combinadas entre vocês e os demais antes da encarnação.

Participante: mas as pessoas que eu agredir não terão essa compreensão.

Não, não terão. Para que? Para que elas tenham a oportunidade de vencer a ideia da existência de um culpado de agressão ou não. Por isso é uma provação.

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